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A vitima

 

Muito cedo aprendi a vestir o papel de vitima, de alguma forma parecia haver algum beneficio em fazê-lo, pelo menos conseguia manipular as situações á minha maneira, conseguia ter algum controlo e atrair a atenção dos outros.

Comecei então a usar esse papel como forma de receber o que eu queria, e rapidamente me embrulhei nele…

Vesti esse papel e comecei a ver o mundo como um lugar perigoso em que eu tinha que usar todas as ferramentas ao meu alcance para conseguir sobreviver…

Quanto mais me vitimizava, mais agressores recebia, e mais vitima me sentia.

Passava horas em frente ao espelho culpando-me pelo que tinha feito, pelo que não tinha feito, pelo que devia ter feito, pelo que tinha dito, pelo que não tinha dito, pelo que devia ter dito…

Passava horas culpando tudo e todos pela minha infelicidade, pelo meu mal-estar, pela minha situação de vida…

Passava horas queixando-me de não ter tempo, de ter tempo a mais, do vento, da chuva, do calor; queixava-me da forma como as pessoas me tratavam, me desvalorizavam, me maltratavam…

Fazia filmes na minha mente – dramas, tragédias, terror – em que eu vestia sempre o papel de vitima…

Cada vez tinha mais do que me queixar, cada vez encontrava mais injustiça, mais tragédia, mais maus tratos, mais desvalorização, etc… Quanto mais procurava, mais encontrava…

O circulo vicioso estava criado.

Eu desconhecia as consequências de vestir esse papel, não sabia que eu criava tudo na minha realidade através da forma como me sentia – quanto pior me sentia, pior recebia…

Ninguém é culpado ou responsável pela minha realidade – só eu. Sou eu que crio a minha realidade através da forma como me sinto e aquilo que acredito sobre o mundo, os outros e sobre mim.

Não existe um mundo agressor pronto a atacar, mas sim, existe uma vitima pronta a ser atacada. Se quero deixar de receber agressores, preciso sair do papel de vitima. Pois é a vitima que cria os agressores.

 

Como sair do papel de vitima?

 

Responsabilizando-se.

Quando visto o papel de vitima estou a criar negativamente a minha realidade – criar agressores.

Quando me responsabilizo por tudo na minha realidade, estou a criar positivamente.

Do Workshop A VITIMA

 

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