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Alfazema

 

Alfazema no jardim

Há cerca de 30 espécies de alfazema, que podem ser encontradas desde as ilhas Canarias até a Índia ocidental. Dentro das alfazemas portuguesas, o destaque vai para as seguintes: alfazema verdadeira (L. angustifolia), alfazema-de-folha-recortada (L. hybrida), rosmaninho (L. stoechas), rosmaninho-verde (L. viridis) e alfazema-brava (L. latifolia sin. L. spica). Todas têm folhagem aromática.

 

Alfazema verdadeira

Lavandula angustifolia

Lavandula angustifolia

A alfazema verdadeira (L. angustifolia sin. L vera ou L. officinalis) ocorre silvestre em solos dolomíticos a altitudes entre 500 m e 1500 m. Como todas as alfazemas, é um subarbusto de base lenhosa e raramente ultrapassa 70 cm de altura. Tem espigas de floração em ramos nus.

Excelentes variedades anãs são: ‘Rosea’, ‘Compacta’ sin. ‘Nana Compacta’, ‘Folgate’ e ‘Munstead’. Entre as variedades de altura media podemos nomear: ‘Hidcote’, ‘Miss Katherine’, ‘Pacific Blue’, ‘Sarah’, ‘Summerland Supreme’, ‘Melissa’, Twickel Purple’, ‘Tucker’s Early Purple’ e ‘Ashdown Forest’. Entre as mais altas incluem-se a ‘Alba’ e a ‘Irene Doyle’, de flor dobrada.

O óleo essencial extraído da alfazema é muito apreciado em França, sobretudo do ponto de vista terapêutico. De aroma intenso, o óleo essencial das plantas de altitude elevada não contem cânfora, sendo muito utilizado pela indústria de perfumes, pela medicina natural e pela aromaterapia. Desde o século XVI que a alfazema é cultivada em França em larga escala para a indústria de perfumes.

‘Maillette’, ‘Matheronne’, ‘Fring’, ‘Heacham Blue’, ‘N.° 9’ e ‘Norfolk J2’ são variedades cultivadas para a produção de óleo essencial.

Tanto as flores frescas como as secas são usadas na cozinha (por exemplo, na mistura herbes de Provence) e em trabalhos artesanais, para os quais a melhor variedade é a ‘Super Blue’. Assegure-se de que todas as flores que usar para fins culinários não foram pulverizadas com químicos.

Portal Dourado

Alfazema-brava

Lavandula latifolia

Lavandula latifolia

A alfazema-brava (L. latifolia sin. L. spica) é endémica de Espanha, França, Itália e Balcãs, onde cresce espontaneamente a altitudes menores do que a L. angustifolia. A planta tem aroma a alfazema e cânfora e é fonte do oleo de aspic. As espigas de floração têm ramos laterais opostos.

Para afastar a bicharada, esfarele folhas secas para dentro dos ficheiros de documentos ou nas estantes de livros.

 

Alfazemas híbridas

Nas zonas das encostas montanhosas em que crescem em simultãneo a L. angustifolia e a L. latifolia, ocorre uma hibridação natural que produz plantas com caracteristicas intermédias. São maiores e de crescimento mais vigoroso, mais tolerantes á humidade e produzem o dobro do volume de óleo essencial, quando comparadas com a alfazema verdadeira.

Hibridas seleccionadas de L. x intermedia são as maiores produtoras do óleo essencial de alfazema em todo o mundo. Contudo, este óleo contém canfora perceptível, sendo o seu valor cerca de metade do da alfazema verdadeira. É usado em produtos de higiene pessoal e doméstica. Estas híbridas podem ser identificadas pelos pares de flores opostas em caules secundários.

A variedade mais popular para a produção de óleo essencial e a ‘Grosso’, apesar de serem também usadas a ‘Abrialii’, a ‘Super’, a ‘Sumian’ e a ‘Provence’. As flores podem também ser secas. ‘Alba’, ‘Dutch White’, ‘Grappenhall’, ‘Hidcote Giant’, ‘Impress Purple’, ‘Seal’, ‘Silver Edge’ e ‘Provence’ são variedades ideais para jardinagem.

 

Lavandula lanata

A L. lanata tem folhas muito lanosas e compridas espigas de flores aromáticas. Sofre muito com a chuva e não tolera ter as raizes encharcadas. A melhor maneira de a cultivar é em vasos grandes, ao sol.
Várias híbridas são populares para os jardins, incluindo a ‘Richard Gray’, a ‘Silver Frost’ e a ‘Sawyers’, variedade resistente com espigas longas de flores violetas e folhagem prateada.

 

Rosmaninho

Lavandula stoechas

Lavandula stoechas

O rosmaninho (L. stoechas) tem espigas de flores compactas, semelhantes ás do ananás, encimadas por brácteas estéreis. É aconselhável para os jardins de baixa altitude em climas quentes, incluindo os próximos do mar. A L. stoechas apresenta pequenas hastes florais (pedúnculos), enquanto a L. stoechas subsp. pedunculata, presente no Nordeste de Portugal e no Norte, Sul e Centro de Espanha, se distingue pelos caules altos e pelas brácteas estéreis mais compridas.

O rosmaninho-verde (L. viridis) tem folhagem verde, muito aromática e pegajosa, pequenas flores brancas e brácteas estéreis verdes. A ‘Beverly’ diferencia-se por ter brácteas estéreis brancas. O rosmaninho (L. stoechas) tem inflorescências aromáticas semelhantes ás da alfazema-brava (L. latifolia sin. L. spica), cujas folhas são estreitas e dentadas. Outras variedades são a ‘Ploughman’s Blue’, a ‘Linda Ligon’, matizada de verde e creme, e a hibrida ‘Goodwin Creek Grey’.

 

Pterostachys

Neste grupo, incluem-se várias espécies adequadas para jardins, como a L. buchii, a L. canariensis, a alfazema-da-madeira (L. pinnata), a alfazema-de-folha-recortada (L. multifida) e a L. maroccana, de flores azul-eléctricas.

  • Onde cultivar: todas as alfazemas requerem boa drenagem e sol total. Podem cultivar-se sem cuidados especiais, usando um fertilizante de libertação lenta ou uma aplicação de composto orgânico pouco concentrado. Todas elas podem ser cultivadas em vasos grandes.
  • Propagação: as variedades são propagadas por meio de estacas, mas as espécies são semeadas na Primavera.
  • Cuidados: pode as alfazemas todos os anos, de preferência no princípio da Primavera. As alfazemas podem ser aparadas durante a colheita. Nunca desbaste muito os caules antigos, porque as plantas podem morrer.
  • Pragas e doenças: as alfazemas estão geralmente livres de pragas e de doenças.
  • Colheita e conservação: colha as alfazemas a meio do Verão, quando as espigas estão entre um e dois terços abertas. Ate os caules de alfazema num molho e pendure-os virados para baixo, para secarem; retire-lhes as flores. O oleo é destilado a vapor com equipamento especial.

 

Santolina

A Santolina chamaecyparissus (n. v. santolina ou abrótano-fêmea) tem uma forma compacta que a torna ideal para uma sebe baixa ou para ladear um caminho. As suas recortadas e odoríferas folhas são cinzentas e tem aroma parecido com o da alfazema. Para repelir as traças, coloque molhos de folhas secas junto aos cobertores e ás lãs que estão guardados. A santolina é também eficaz contra a traça-dos-livros.

 

 

Fonte: O GRANDE LIVRO DAS PLANTAS editora Selecções

 
 

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