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Como atingir o bem-estar?

 

Procuramos a nossa realização em tantas coisas à nossa volta: em viagens, em roupas novas, num novo carro ou apartamento, num curso promissor, num namorado ou marido, etc… Colocamos a nossa felicidade em “coisas” que se movimentam, são dinâmicas, instáveis, estragam-se, apodrecem…

Em que parte do nosso caminho existêncial nos separámos de nós mesmos?

Está visto que, seja de que forma for, todos procuramos a felicidade – realização interior. Como realização INTERIOR, pode ser encontrada no EXTERIOR?

Eu penso que o maior passo para a realização interior está em gostar de nós mesmos. Parece simples. Todos vão dizer: mas eu gosto de mim! Será mesmo?

Cada vez que me culpo, critico, julgo, a mim mesma, estou a gostar de mim? Cada vez que culpo, julgo, critico os outros, o mundo, o sistema, etc, estou a gostar de mim? Sim, porque os outros (o exterior) são apenas uma projeção de mim mesma, então, é a mesma coisa que fazê-lo a mim mesma…

Muitos de nós ainda dizem: eu vou-me sentir bem comigo mesmo quando tiver o peso/corpo ideal… Mas apenas vamos ter o peso/corpo ideal quando nos sentirmos bem connosco mesmos…

Andamos a fazer tudo ao contrário. Achamos que é nos maltratando, martirizando, julgando, criticando, culpando, por não sermos perfeitos, que vai fazer alguma diferença positiva…

Eu fiz isso a vida toda e não resultou…

Isso apenas mostra a rejeição que temos de nós mesmos. Não importa se a minha infância foi complicada, se a adolescência me marcou negativamente; não importa se me passaram conceitos que não se ajustam mais (e que eu os tomei como verdade)… O que importa é que eu sou consciente disso, e sendo consciente tenho uma escolha – a de mudar.

Esperamos que sejam os outros a gostar de nós, preocupamo-nos tanto em agradar, para que sejamos aceites, preocupamo-nos tanto com a relação com os outros, quando a relação mais importante é aquela que temos connosco mesmos…

Como podemos ser saudáveis, bonitos, alegres, felizes, bem-sucedidos, se não gostamos de nós mesmos? Não é uma pergunta pertinente? Não é ao contrário! Começa pela aceitação, gratidão e amor por nós mesmos, por sermos quem somos, pelo caminho que tomámos, pelas experiências que tivemos, pois sem o nosso trajeto não seriamos nada…

Eu iniciei um projeto com a ajuda de um grande amigo, numa área que eu não conhecia, e logo nos primeiros passos vi que aquilo que já tinha sido construído podia ter sido feito de outra forma, podia ser melhorado. A minha vontade foi voltar atrás e fazer tudo de novo, como que desvalorizando o que já tinha sido feito… Mas, como eu soube que podia ser melhorado?

Foi a experiência que me mostrou como fazer de outra forma. E assim é com o nosso caminho – só nos mostrou o que pode ser mudado e melhorado… não podemos desvalorizar as experiências que já passamos, foram elas que nos trouxeram á consciência que temos hoje! Não podemos olhar para trás, com a consciência que temos hoje e julgar quem fomos… A consciência que tínhamos no momento nos ajudou a tomar decisões para que chegássemos à consciência que temos hoje…

Elisabete Milheiro

Do WORKSHOP Como atingir o Bem-Estar

 

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