As vitaminas são substâncias de complemento ou substâncias vitais que regulam e favorecem as reações bioquímicas que se desenrolam nas células, permitindo a assimilação dos alimentos e levando à degradação das moléculas nutritivas indispensáveis para a obtenção de energias, para a constituição de reservas energéticas e para a síntese dos elementos necessários ao crescimento e manutenção do nosso organismo. A maior parte das vitaminas são substâncias protetoras e reguladoras e, ainda, transformam-se em enzimas.
Classificação das vitaminas
As vitaminas são classificadas de duas formas:
- As vitaminas hidrossolúveis – que, como próprio nome indica, são solúveis na água, como, por exemplo, a vitamina C e as vitaminas do complexo B. Podem perder-se facilmente na preparação tradicional e comum dos alimentos, sobretudo quando estes se deixam fora da água na qual foram cozidos. O nosso organismo não armazena as vitaminas hidrossolúveis, pelo que qualquer excesso é eliminado pela urina. Assim, as vitaminas C e do complexo B devem ser ingeridas diariamente. Ainda dentro do campo das vitaminas hidrossolúveis, também se encontra a vitamina PP ou ácido nicotínico/nicotinamida: o ácido fólico; o ácido pantoténico e a biotina.
- As vitaminas lipossolúveis – que são solúveis nas gorduras: as vitaminas A, D, E e K são armazenadas no fígado, por vezes durante várias semanas, não havendo necessidade de ser ingeridas diariamente, mas sim com uma certa regularidade de forma a garantirem a manutenção orgânica.
Carência ou pré-carência vitamínica
Existem 13 vitaminas principais essenciais à nossa saúde. Apenas duas vitaminas podem ser fabricadas em quantidades necessárias ao organismo: a vitamina D, que é produzida pela ação do sol sobre a pele, e a vitamina K, que é sintetizada por bactérias no intestino grosso.
Estas duas e as outras 11 vitaminas, quando não são produzidas em quantidade suficiente pelo organismo, deverão ser obtidas de uma fonte exterior, por exemplo, através dos alimentos que consumimos.
A ausência de vitaminas no organismo chama-se avitaminose, que se deteta pelo aparecimento de sintomas específicos e, por vezes, de um verdadeiro estado patológico. No entanto, hoje em dia é rara uma situação de avitaminose, salvo em condições de vida muito deficientes.
É mais frequente encontrar-se um estado de pré-carência vitamínica, ou hipovitaminose, em que as manifestações clínicas são difíceis de reconhecer, porque se devem ao desequilíbrio de compostos nutricionais, consequência de um regime desequilibrado de nutrição, normalmente acompanhado de uma deficiência em oligoelementos.
As principais causas de hipovitaminose são:
Alimentação desequilibrada por:
- Má escolha e má preparação dos alimentos.
- Falta de apetite (anorexia) em pessoas débeis, crianças e idosos.
- Desinteresse por uma alimentação equilibrada e variada, mais frequente nos idosos e pessoas que vivem sozinhas.
- Regime de emagrecimento prolongado.
- Problemas gastrointestinais.
- Necessidade de vitaminas devido à gravidez, aleitamento, crescimento ou uso prolongado de medicamentos.
- Eliminação excessiva das vitaminas pela urina e pelo suor – no que diz respeito às vitaminas hidrossolúveis, como acontece com maior frequência entre os habitantes dos climas quentes, ou ainda durante uma atividade física violenta e prolongada.
Excesso vitamínico
O excesso vitamínico, ou hipervitaminose, pode ser tão perigoso como a carência vitamínica, porque as vitaminas lipossolúveis, como por exemplo as vitaminas A e D, podem acumular-se no organismo até atingirem níveis tóxicos, desencadeando processos patológicos.
Fonte: Manual de Medicina Ortomolecular- Ana Paula Ivo
Fonte: https://solucaoperfeita.com/substanciasvitais/introducao-as-vitaminas/