
Princípios básicos para cuidar de si mesmo
Aprenda a arte da aceitação – 4ª Parte
Raiva
Quando deixamos de negar nossa dor, passamos para o estágio seguinte: a raiva. Nossa raiva pode ser razoável ou irracional. Podemos justificar a distribuição de nossa raiva ou podemos jogar nossa fúria irracionalmente em qualquer coisa ou qualquer pessoa. Podemos culpar a nós mesmos, a Deus e a todos à nossa volta pelo que perdemos. Dependendo da natureza da perda, podemos ficar um pouco irritados, zangados, furiosos ou tomados por uma raiva de sacudir a alma.
É por isso que, quando somos honestos, mostramos a luz a alguém ou nos confrontamos com um sério problema, as coisas geralmente não correm como esperamos. Se estamos negando uma situação, não chegamos diretamente à aceitação da realidade – sentimos raiva. É por isso que precisamos ter cuidado com confrontos importantes.
“A vocação de sermos honestos com as pessoas, de arrancarmos suas máscaras, de forçá-las a enfrentar a verdade redimida é altamente perigosa e destrutiva”, escreveu John Powell em Por que tenho medo de lhe dizer quem sou? “Ele não consegue viver com a compreensão. De uma maneira ou de outra, ele mantém suas peças psicológicas intactas mediante alguma forma
de autodecepção. Se as peças psicológicas se soltam, quem juntará e montará o pobre Ser Humano João Teimoso de novo?”10
Tenho presenciado cenas violentas e assustadoras quando as pessoas finalmente se deparam com verdades negadas havia muito tempo. Se pretendemos intervir, precisamos procurar ajuda profissional.
Continuação no próximo artigo.
Do livro: Codependência Nunca Mais, Pare de Controlar os Outros e Cuide de Você Mesmo, [recurso eletrônico] Melody Beattie, 5ª Edição, Viva Livros, 2017