TER RAZÃO OU SER FELIZ?
Assistia a uma conversa entre 2 adolescentes…
– O mundo acaba daqui a 5 anos!
– Estás maluca? 5 milhões de anos!!!
– Não! Dei na aula de ciências! 5 anos!
– 5 milhões de anos!
– 5 anos!!!!
– 5 milhões de anos!!!!
Acho que não preciso continuar a conversa… Já deu para perceber que não chegaram a conclusão nenhuma… cada um ficou com a sua verdade, julgaram-se um ao outro, e cada um pensou: eu é que tenho razão!
Pode parecer uma situação corriqueira e sem importância, mas, isso apenas mostra a forma como nos comportamos perante qualquer situação, no nosso dia-a-dia.
Confesso que ainda tive vontade de intervir e deitar umas “palavras de sabedoria”, tais como: o mundo acaba para quem morre… Mas, quem sou eu para achar alguma coisa? Sou dona da verdade? Sei alguma coisa? Cada vez tenho mais consciência de que nada sei… Então fiquei calada, a observar, e a refletir sobre a forma como nos comportamos.
Querer ter razão é das coisas mais estupidas e inúteis que eu conheço. Como já disse, ainda me apanho muitas vezes a querer ter razão. Deve ser aquela parte de mim que quer mostrar que é importante, e que sabe alguma coisa… Que disparate! Nesses momentos esqueço-me de que já sou importante, só por existir, e que não sei nada…
Mas o pior mesmo, é que sempre que queremos ter razão estamos a criar sofrimento para nós mesmos… Eu falo por mim… Passava horas repastando situações que tinham acontecido, especialmente entre mim e outras pessoas, analisando cada palavra, e dizendo a mim mesma “eu é que sei, eu é que tenho razão” como se isso me levasse a algum lado que não fosse sofrimento…
E ainda distinguem os animais como racionais e irracionais…
A forma como nos comportamos é a forma que está a criar a nossa realidade. Sim, nós somos responsáveis pela nossa realidade – nós criamos a nossa realidade através da forma como pensamos e sentimos…
Então o que estamos a criar quando estamos em resistência á vida?
Do Workshop TER RAZÃO, OU SER FELIZ