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Tu ou Você?  Uma questão de Educação?

Bem, já que ele tanto insiste vou tratá-lo por tu, mas não vou já dar muita conversa, pois não sei o que me espera…

Por questão de educação sempre tratei algumas pessoas que não conheço, e os mais velhos, por você, ou por Senhor (ou Senhora), ou por DR., dependendo do nível hierárquico – pelo menos era o que eu pensava… E às vezes as pessoas pedem-me que as trate por TU. Algumas consigo, outras tenho uma certa dificuldade, e outras nem sequer penso em tentar. Recentemente, uma pessoa que eu não conheço, mas através de um amigo entrei em contacto via e-mail, pediu-me que a trata-se por tu. A minha primeira reacção foi de defesa:

– Mas o que é isto? Eu nem sei que idade ele tem? Nem o vi ainda, não sei como se parece! Será que usa fato e gravata? Será mais informal? Pelo discurso parece ser uma pessoa de mente aberta, mas será? Será que é um rapaz novo? Ou será de meia-idade? Então, mas como posso saber como o abordar se não tenho nenhuma destas informações? Bem, já que ele tanto insiste vou tratá-lo por tu, mas não vou já dar muita conversa, pois não sei o que me espera…

Impressionante não?

Distância em relação ao outro

Como foi importante esta experiência para me aperceber da distância que ponho em relação ao outro, as defesas, o medo de que o outro entre no meu espaço; esse espaço virtual, um campo de protecção… como se o que estivesse lá fora pudesse ser uma ameaça á minha existência, na sua totalidade…

Eu pensava que era por uma questão de educação…e é! Foi o que me ensinaram: a temer, desconfiar, defender-me do OUTRO, como um ser distante, diferente e á parte.

Agora que reflicto sobre isso, sobre essa análise que faço, de como vou tratar a pessoa – tem a ver com o nível de segurança que sentir em relação a ela. Esse nível de segurança obviamente que depende do meu estado interior. Mesmo assim penso que, mesmo quando sinto que estou em sintonia e em equilíbrio – ou seja, sinto-me bem – quando alguém quer entrar no meu espaço, essa resposta é automática, tirando-me, claro, dessa sintonia. A minha postura de defesa tira-me desse equilíbrio.

Estado de Equilíbrio ou Desequilíbrio?

Então se o meu estado for de equilíbrio e sintonia, essa resposta automática parece-me mais fraca: sinto-me confiante e vou “permitir” que essa pessoa entre num bocadinho mais do meu espaço (não todo – isso já é um risco demasiado grande…); mas se o meu estado interior já for de desequilíbrio, por alguma razão, então essa resposta é de completa defesa.

Nunca me tinha apercebido deste mecanismo…desta resposta automática…

Já tinha tido consciência de que: consoante me sinto, assim são os filtros que uso para decifrar o exterior.

Mas agora vi com clareza o motivo pelo qual para mim é tão importante a forma como trato os outros. Pois daí vem a atitude/postura que a pessoa tomará em relação a mim – pelo menos era o que eu pensava que acontecia…

Mas se eu já ponho uma postura de defesa é porque acredito que existe algo de que preciso me defender, então é essa informação que estou a enviar ao universo; então é mesmo isso que eu vou receber…Agressores…

Eu AGORA estou consciente da crença que me limita; entendo a origem desse modo de pensar – ele veio dos meus mentores; não sendo meu, tenho a opção de mantê-lo ou largá-lo – é apenas um arquivo de informação armazenado na minha mente, que não faz mais sentido, tendo em conta os meus objectivos.

EU CRIO A MINHA PRÓPRIA VIDA! EU ESCOLHO A MINHA VERDADE DO MOMENTO, CONSCIENTE DISSO MESMO – É A MINHA VERDADE AGORA, AMANHÃ NÃO SEI!

Obrigado!

Elisabete Milheiro

Publicado em: 2012/02/25

Revisto em: 2016/10/22

Revisto em 08/2021

Nota:

A informação contida nesta página, não substitui a opinião de um técnico de saúde. Para um acompanhamento mais personalizado contacte as Terapias Online ou a Saúde Integral.

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