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Pedaços e bocados

Princípios básicos para cuidar de si mesmo

Pedaços e bocados


Quando o Príncipe Encantado aparecer,
provavelmente estarei na lagoa beijando sapos.1


Este capítulo contém observações variadas sobre codependência e cuidado consigo mesmo.


VICIADOS EM DRAMA


Muitos codependentes se tornam o que as pessoas chamam de viciados em dramas ou crises. Por mais incrível que pareça, problemas podem causar vício. Se convivemos com muitas desgraças, crises e tumultos, o medo e o estímulo causados por problemas podem tornar-se experiências emocionais confortáveis. Em seu excelente livro Getting them Sober [Deixando-os sóbrios] Volume II, Toby Rice Drews refere-se a essas sensações como “desgraça excitante”.2

Depois de algum tempo, podemos ficar tão acostumados a envolver nossas emoções com crises e problemas que conseguimos nos envolver em problemas que não são nossos. Podemos até começar a causar problemas ou a aumentá-los para criar estímulo para nós mesmos.

Quando estamos envolvidos com um problema, sabemos que estamos vivos. Quando o problema é resolvido, podemos sentir-nos vazios e desprovidos de emoção. Não há nada para fazer. Estar em crise transforma-se numa situação agradável e anima a nossa monótona existência.

É como ficar viciado em novelas, com a diferença de que as crises diárias ocorrem em nossas vidas e nas vidas de nossos amigos e parentes. “Será que Ginne vai deixar John?”, “Conseguiremos salvar o emprego de Herman?”, “Como Henrietta sobreviverá a esse dilema?”

Depois de nos termos separado e começado a tratar de nossos próprios problemas e quando nossa vida finalmente se torna serena, alguns codependentes ocasionalmente sentem um pouco de falta da antiga excitação. Podemos às vezes achar nossa nova forma de vida monótona. Estamos acostumados a tanta confusão e excitação que no princípio a paz nos parecerá não ter graça. Acostumaremo-nos a isso. Quando organizarmos nossa vida, estabelecermos nossos objetivos e encontrarmos coisas para fazer que nos interessam, a paz se tornará agradável – mais agradável do que o caos. Não mais precisaremos ou desejaremos desgraças excitantes.

Precisamos aprender a reconhecer quando estamos procurando a “desgraça excitante”. Isso não quer dizer que tenhamos de arranjar problemas ou envolver-nos com problemas alheios. Vamos encontrar maneiras criativas de preencher nossa necessidade de drama. Arranjemos empregos agradáveis. Mas vamos manter a desgraça excitante longe de nossa vida.

Continuação no próximo artigo.

Do livro: Codependência Nunca Mais, Pare de Controlar os Outros e Cuide de Você Mesmo, [recurso eletrônico] Melody Beattie, 5ª Edição, Viva Livros, 2017

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