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SEGUINDO O PROGRAMA

Princípios básicos para cuidar de si mesmo

Siga o programa de Doze Passos

SEGUINDO O PROGRAMA


Agora, que estamos familiarizados com os Passos, vamos discutir o que significa “seguir o programa” e “seguir os Passos”. No mundo inteiro, pessoas “anônimas” reúnem-se numa variedade de locais – igrejas, lares, barbearias. Elas podem reunir-se uma vez por dia, duas vezes por semana ou sete noites por semana. Elas não se inscrevem, nem registram presença. Simplesmente descobrem onde um determinado grupo de pessoas se reúne para concentrar-se nos problemas que estão tendo. Nessas reuniões, elas não precisam dizer seus sobrenomes nem onde elas ou seus cônjuges trabalham; não têm de dizer nada, se não quiserem. Não têm de pagar nada, embora possam fazer uma doação de qualquer quantia para ajudar nas despesas do café e do aluguel – se quiserem fazê-lo. Não têm de se alistar. Não têm de preencher cartões. Chama-se a isso ir a uma reunião. É uma parte essencial de seguir o programa.

Uma coisa boa sobre as reuniões é que as pessoas podem ser quem são. Não têm de fingir que não têm um determinado problema, mesmo porque todo mundo lá tem o mesmo problema. Se não tivessem aquele problema não estariam lá.
Os formatos das reuniões variam de acordo com o grupo. Alguns grupos se formam em volta de uma mesa e as pessoas que desejam falar discutem suas emoções ou seus problemas. Outras reuniões são de oradores, onde uma pessoa se levanta diante de todos e fala sobre um Passo ou uma experiência. Em alguns grupos, os Passos são o tema, e as pessoas simplesmente colocam suas cadeiras em círculo e cada uma tem a chance de dizer algo sobre o Passo que é tema daquele dia. Há muitas variações de reuniões, mas elas geralmente têm algo a ver com os Passos, as Tradições ou os tópicos relacionados ao problema.

As pessoas aprendem sobre os Passos nas reuniões, e aprendem o que eles significam para outras pessoas. Elas
também ouvem slogans. Os slogans de Al-Anon e dos A.A. incluem pequenos ditados como: Deixe ficar e deixe Deus ficar; Devagar e sempre e Um dia de cada vez. A razão de esses ditados se transformarem em slogans é porque eles são reais. E mesmo se as pessoas ficarem cansadas de dizer e ouvir esses slogans, elas continuam ouvindo-os e repetindo-os porque são muito verdadeiros. E os slogans ajudam nas a se sentirem melhor. Depois de terminada a reunião, as pessoas geralmente ficam conversando mais um pouco, ou vão a um restaurante para tomar um refresco ou um café.

Aprender os Passos e os slogans, ouvir as experiências de outras pessoas, compartilhar experiências pessoais e o companheirismo são parte de seguir o programa. Nas reuniões, os livros, folhetos e informação em geral são vendidos a preço de custo. Esses livros contêm informações sobre os problemas comuns àquele grupo. Alguns grupos vendem livros de meditação contendo sugestões para abordar naquele dia. Ler as informações e os livros de meditação diária fazem parte de seguir o programa.

As pessoas têm algo para levar para casa e para ler. E assim podem lembrar-se do que aprenderam naquela reunião, e às vezes aprendem coisas novas. Durante suas rotinas diárias, as pessoas que frequentam as reuniões pensam sobre os Passos e os slogans. Tentam descobrir como se aplicam a elas, o que estão sentindo, o que estão fazendo e o que está acontecendo em sua vida naquela determinada hora. Fazem isso regularmente e também quando um problema aparece. Às vezes, telefonam para alguém que conheceram na reunião e discutem um problema ou dizem àquela pessoa como estão naquele dia. Às vezes, essas pessoas fazem o que um Passo sugere, como escrever um inventário, fazer uma relação de pessoas que prejudicaram, ou reparar um dano que causaram. Se essas pessoas pensam e trabalham esses Passos o bastante, eventualmente os Doze Passos podem se tornar hábitos – maneiras costumeiras de pensar, de se comportar e de lidar com as situações – de forma bem parecida como as características dos codependentes se tornaram hábitos. Quando eles se tornam hábitos, o programa passa a ser uma maneira de viver. É isso que chamamos seguir os Passos e seguir o programa.

O mais importante é seguir um programa. Os programas de Doze Passos são simples e básicos. As pessoas não se graduam e passam para coisas mais complicadas – elas continuam com o básico. Os programas de Doze Passos funcionam porque são simples e básicos.

Eu me entusiasmo com coisas simples, como ir às reuniões e trabalhar os Passos. Posso tentar explicar, mas as palavras somente conseguem transmitir um pouquinho desse importante conceito. Algo acontece quando vamos a essas reuniões e seguimos um programa. A paz e a cura se estabelecem em nós. Começamos a mudar e a sentir-nos melhor. Os Passos são algo que trabalhamos, mas eles também trabalham em nós. Há uma mágica nessas reuniões.

Não temos nunca de fazer nada de que não somos capazes, que realmente achamos ofensivo ou não queiramos fazer. Quando for hora de fazer ou de mudar certa coisa, saberemos que é hora e desejaremos fazer isso. Haverá alguma coisa certa e apropriada nisso. Nossas vidas também começam a funcionar dessa maneira. A cura – o crescimento – se torna um processo natural.3 Quando lemos os Passos, não achamos que eles pareçam nada espetacular, e certamente não o bastante para ficarmos tão entusiasmados com eles quanto eu, mas, quando os trabalhamos, algo acontece. Eles aparecem. Seu poder aparece. Podemos não compreender isso até que aconteça connosco.


A melhor descrição que ouvi dos Doze Passos é a história do “barco invisível” contada por um homem numa reunião a que fui. Ele estava falando sobre o A.A., mas sua história se aplica ao Al-Anon e a outros grupos. Mudei algumas palavras para que a ideia se encaixasse no Al-Anon, mas esta é a essência de sua analogia:
Imagine-se parado numa praia. Do outro lado da água há uma ilha chamada serenidade, onde existem a paz, a felicidade e a libertação do desespero do alcoolismo e de outros problemas. Nós realmente desejamos chegar àquela ilha, mas temos de encontrar uma maneira de cruzar a água – aquele enorme vazio que fica entre nós e aonde queremos ir. Temos duas escolhas. No mar há um enorme barco, um iate de cruzeiro que parece ser muito luxuoso e confortável. Ele se chama tratamento, ou terapia. Ao lado dele, na praia, há um grupo de pessoas estranhas. Elas parecem estar remando num barco, mas não conseguimos vê-lo nem os remadores. Somente podemos ver aquelas pessoas felizes sentadas na praia, remando um barco invisível com remos invisíveis. O barco invisível é chamado Al-Anon (ou A.A. ou qualquer outro programa de Doze Passos). O navio apita, chamando-nos a bordo para o cruzeiro de tratamento e terapia. E também há essas pessoas estranhas, gritando para nós entrarmos nesse barco invisível com elas. Escolheremos o cruzeiro ou o barco invisível?
Claro, subimos no navio, o luxuoso cruzeiro. Então, nos damos conta de que estamos indo para aquela ilha da felicidade.
O problema é que na metade do caminho o navio para, dá meiavolta e retorna para a praia onde estávamos. Depois o capitão ordena que todo mundo saia do navio.
– Por quê? – perguntamos.
– Nosso cruzeiro – responde ele – só vai até ali. A única maneira de se chegar àquela ilha é pegando o barco invisível (chamado AlAnon). Então, sacudimos os ombros e caminhamos para as pessoas no barco.
– Subam! – gritam elas.
– Mas não conseguimos ver o barco para entrar nele! – gritamos de volta.
– Subam de qualquer maneira – dizem eles.
Então, nós entramos e eles logo dizem:
– Peguem um remo e comecem a remar (a seguir os Passos).
– Mas não conseguimos ver os remos – gritamos de volta.
– Peguem-nos de qualquer modo e comecem a remar! – dizem eles.
Então, pegamos os remos invisíveis e começamos a remar, e daí a pouco começamos a enxergar o barco. Antes de nos darmos conta, também começamos a enxergar os remos. Ficamos tão felizes remando no barco com aquelas pessoas estranhas que nem nos incomodamos mais em pensar se jamais chegaremos ao outro lado.4

Esta é a mágica dos programas dos Doze Passos – eles funcionam. Não estou dizendo, sugerindo ou afirmando que o tratamento e a terapia não ajudam. Ajudam. Para muitos de nós o tratamento ou uma pequena terapia é justamente o que precisávamos para começar nossa jornada. Mas aquela viagem termina e, se temos um distúrbio compulsivo ou amamos alguém com um distúrbio compulsivo, descobrimos que precisamos entrar naquele barco com aquelas pessoas felizes.

No final deste capítulo incluí testes que nos ajudarão a determinar a que grupo somos candidatos. Incluí também perguntas dos Filhos Adultos de Alcoólicos (ACOA). Peço-lhe que entenda que os grupos “Anon” e ACOA não são para pessoas com problemas de alcoolismo; eles são para pessoas que têm sido afetadas pelo problema de outrem. As pessoas frequentemente confundem isso. E, ainda, muitas pessoas quimicamente dependentes que frequentam o A.A. descobrem que precisam ir também ao Al-Anon ou a outro grupo para lidar com suas características de codependência.

Se você acredita que pode ser um candidato a qualquer dos programas dos Doze Passos – se você simplesmente suspeita que tem um problema comum a um dos grupos que discuti no começo deste capítulo –, procure um grupo e comece a frequentar as reuniões. Isso o ajudará a se sentir melhor. Sei que é difícil frequentar as reuniões. Sei que é difícil apresentar-se a um grupo de estranhos e mostrar nossos problemas para o mundo inteiro ver. Sei que muitos de nós provavelmente não compreendemos o quanto ir às reuniões pode ajudar – principalmente se é outra pessoa que tem o problema. Mas ajudará.

Eu estava com muita raiva quando comecei a frequentar as reuniões do Al-Anon. Já estava frequentando um programa para meu alcoolismo. Não queria nem precisava de outro programa ou de outro problema para trabalhar em minha vida. Além disso, achei que já tinha feito o bastante na vida para ajudar os alcoólicos. Por que eu deveria ir às reuniões? Eram os alcoólicos que precisavam de ajuda. Na primeira reunião, uma mulher alegre veio até mim, conversou comigo por alguns minutos, sorriu e disse:
– Você é uma sortuda! É uma dupla ganhadora. Vai frequentar dois programas!
Eu quis estrangulá-la. Agora, concordo. Sou sortuda. Ganhei duas vezes.

Alguns de nós podemos estar relutantes em ir a reuniões porque achamos que já fizemos o bastante para outras pessoas em nossa vida. Bem, estamos certos. Provavelmente fizemos. Por isso é importante ir às reuniões. Porque agora estamos indo para nós mesmos.

Outros de nós podemos ir somente para ajudar à outra pessoa, e podemos ficar decepcionados porque as reuniões são para que trabalhemos a nós mesmos. Isso também é certo. Saúde traz saúde. Se começarmos a trabalhar a nós mesmos, nossa boa saúde pode passar para a outra pessoa, da mesma forma que sua doença passou para nós.

Alguns de nós podemos ficar envergonhados de ir. Tudo que consegui fazer na primeira reunião foi sentar-me e chorar, e fiquei terrivelmente envergonhada. Mas pela primeira vez foi um bom choro. Minhas lágrimas eram lágrimas de cura. Eu precisava sentar-me e chorar. Quando parei de chorar e olhei em volta, vi outras pessoas chorando também. Al-Anon é um lugar seguro para se ir e ser quem somos. As pessoas ali compreendem. Você também compreenderá.

Descrevi a maioria das objeções que ouvi sobre frequentar as reuniões. Você pode ter outras objeções, mas se qualificar-se a candidato a um programa, vá de qualquer maneira. Não deixo de repetir. Os Doze Passos são um presente de Deus para as pessoas com distúrbios compulsivos e as que amam outras pessoas com distúrbios compulsivos. Se você sente que está enlouquecendo e reagindo às pessoas e às coisas, vá. Se não gostar do primeiro grupo que frequentar, procure outra reunião e vá ali. Cada grupo tem sua personalidade. Continue indo a diferentes grupos até encontrar um no qual se sinta confortável.

Se estiver acostumado a ir às reuniões mas deixou de ir, volte. Se começou a ir, continue indo o resto da vida. O alcoolismo é uma doença que exige tratamento para o resto da vida. Nossas características de codependentes se tornam hábitos e podem ter tendências às quais nos inclinamos para o resto de nossas vidas. Vá, mesmo que outras pessoas em sua vida melhorem ou piorem.

Vá até que se sinta agradecido em poder ir. Nas palavras de um homem:
“Não é bom que existam essas reuniões e que eles me deixem vir a elas? Ninguém mais me quer por perto quando fico louco. As pessoas aqui apenas sorriem, apertam minha mão e dizem: ‘Estamos felizes por você estar aqui. Por favor, volte.’”
Vá até que consiga enxergar o barco e os remos e fique feliz. Vá até que as palavras mágicas funcionem em você. E não se preocupe – se for longe o bastante, a mágica funcionará.

ATIVIDADE

  1. Complete o teste ou leia a relação de características nas páginas seguintes.

  1. Se é um candidato a qualquer dos programas discutidos neste capítulo, procure no catálogo telefônico ou ligue para o serviço de informações e descubra onde e quando as reuniões são realizadas, e então vá.

AL-ANON É PARA VOCÊ?


Milhões de pessoas são afetadas pelo alcoolismo de alguém próximo. Essas vinte perguntas são destinadas a ajudar você a decidir se precisa ou não do Al-Anon.

  1. Você se preocupa com o quanto alguém bebe? (sim) (não)
  2. Você tem problemas financeiros por causa do alcoolismo de alguém? (sim) (não)
  3. Você costuma mentir para encobrir o alcoolismo de alguém? (sim) (não)
  4. Você acha que, para essa pessoa querida, beber é mais importante do que você? (sim) (não)
  5. Você acha que o comportamento do alcoólico é causado por suas companhias? (sim) (não)
  6. As refeições são constantemente atrasadas por causa dessa pessoa que bebe? (sim) (não)
  7. Você faz ameaças como: “Se não parar de beber vou abandonar você?” (sim) (não)
  8. Quando cumprimenta o alcoólico com um beijo, você secretamente tenta cheirar seu hálito? (sim) (não)
  9. Você tem medo de aborrecer alguém por temer que isso provoque uma bebedeira? (sim) (não)
  10. Você já foi magoado ou embaraçado pelo comportamento de um alcoólico? (sim) (não)
  11. Parece que cada feriado é estragado por causa de bebida? (sim) (não)
  12. Você já considerou chamar a polícia por causa do comportamento de uma pessoa embriagada? (sim) (não)
  13. Você já se viu procurando garrafas escondidas? (sim) (não)
  14. Você sente que, se o alcoólico o amasse, pararia de beber para fazê-lo feliz? (sim) (não)
  15. Você já recusou convites sociais por medo ou ansiedade? (sim) (não)
  16. Às vezes você se sente culpado quando pensa nos limites que ultrapassou para controlar o alcoólico? (sim) (não)
  17. Você acha que, se o alcoólico parasse de beber, todos os seus problemas se resolveriam? (sim) (não)
  18. Você já ameaçou se ferir para ameaçar o alcoólico e fazê-lo dizer “me desculpe” ou “eu te amo”? (sim) (não)
  19. Você já tratou pessoas (crianças, empregados, parentes (ou pais), colegas de trabalho, etc., injustamente por estar com raiva de alguém por ter bebido demais? (sim) (não)
  20. Você sente como se não houvesse ninguém que entenda seus problemas?(sim) (não)
    Se você respondeu “sim” a três ou mais perguntas, Al-Anon ou Alateen podem ajudá-lo.5

VOCÊ É CODEPENDENTE DE UM COMEDOR COMPULSIVO?


Use este questionário para avaliar a extensão de seu envolvimento com alguém que tenha problemas alimentares.

Você força dietas?
Você ameaça abandonar alguém devido ao peso?
Você inspeciona dietas?
Faz promessas baseadas em quilos perdidos ou ganhos?
Você esconde comida?
Já “pisou em ovos” para não aborrecer quem come demais ou de menos?
Você joga comida fora para que alguém não a encontre?
Você evita certas atividades sociais para que o comedor não fique tentado?
Você controla as despesas de comida e roupa?
Compra e incentiva que se comam comidas “certas”?
Você incentiva a adesão a academias de ginásticas, ginásios e curas milagrosas?
Você tem ataques de nervos quando pega o comedor comendo?
Você fica constantemente desapontado quando vê recaídas?
Você se envergonha da aparência do comedor/não comedor?
Você falsamente consola o comedor/não comedor quando ele ou ela está envergonhado?
Você estabelece testes de força de vontade para testar o comedor/não comedor?
Você diminuiu suas expectativas do que pode gostar?
Seu peso oscila com o da pessoa querida (o seu sobe, o dela abaixa)?
Você já deixou de cuidar de sua aparência?
Você tem muitas dores, sofrimentos e preocupações com a saúde?
Está bebendo demais ou usando soníferos ou tranquilizantes?
Você chantageia com comida?
Você conversa sobre o corpo do comedor com ele ou ela ou com outros?
Acha que a vida seria perfeita se o comedor/não comedor tomasse jeito?
Você agradece aos céus por não estar “tão mal assim”?
A desordem alimentar dele ou dela lhe dá permissão para fugir?
A desordem alimentar dele ou dela lhe dá desculpa para ficar?
Você “distraidamente” deixa artigos “úteis” espalhados pela casa?
Você lê livros de dietas mesmo sem ter problema de peso?
Você acha que tem um lar perfeito, exceto pelo comedor/não comedor?
Você usa pílulas para conseguir dormir e escapar da preocupação?
Já passou muito tempo de terapia falando sobre o comedor/não comedor?

O DESENVOLVIMENTO DE UMA PERSONALIDADE CODEPENDENTE


Este questionário é do livro Fat Is a Family Affair [A obesidade é uma questão familiar], e pode ser usado como uma lista de checagem para controlar seu desenvolvimento.

Estágios Iniciais
— Geralmente é originário de família com disfunções e aprendeu a “cuidar dos outros” como medida para seu valor próprio.
— Falhou em curar os pais, então “curará” a pessoa com problemas alimentares.
— Encontra uma pessoa com problemas alimentares que esteja “necessitada” desse controle.
— Começa a duvidar de suas próprias percepções e deseja controlar a alimentação para demonstrar determinação.
— A vida social é afetada. Isola-se da comunidade para “ajudar” a pessoa com problemas alimentares.


Obsessão
— Implora e faz ameaças relativas à alimentação.
— Julga a si mesmo e acha que é culpado por a pessoa comer de mais ou de menos.
— Esconde comida.
— Tenta controlar a alimentação escondendo comida, fazendo ameaças, atormentando e repreendendo.
— Demonstra raiva e decepção com relação a promessas da pessoa com problemas alimentares.


Vida Secreta
— Torna-se obcecado em vigiar e esconder.
— Assume as responsabilidades da pessoa com problemas alimentares.
— Assume um papel primordial nas comunicações, eliminando os contatos entre a pessoa com o problema e outras pessoas.
— Expressa raiva de maneira imprópria.


Fora de Controle
— Faz tentativas violentas para controlar a alimentação. Briga com a pessoa com problemas alimentares.
— Torna-se relaxado, física e mentalmente.
— Fixa-se em assuntos extraconjugais, como infidelidade, trabalhar demais, obsessão por interesses fora de casa.
— Torna-se rígido, possessivo. Parece estar com raiva o tempo todo e é misterioso e cuidadoso quanto à vida do lar.
— Tem doenças relacionadas a abuso de drogas: úlceras, coceiras, dores de cabeça, depressão, obesidade, uso de tranquilizantes.
— Constantemente perde a paciência.
— Fica doente e cansado de estar doente e cansado.6

FILHOS ADULTOS DE ALCOÓLICOS


Você é um filho adulto de alcoólico? A seguir, vão quatorze perguntas que podem ser relevantes para sua vida e sua personalidade.

  1. Sinto-me sempre isolado e com medo das pessoas, principalmente das figuras de autoridade?
  2. Já observei que estou sempre em busca de aprovação, perdendo minha identidade no processo?
  3. Sinto muito medo de pessoas raivosas e de ouvir críticas?
  4. Geralmente, acho que sou vítima, em relacionamentos pessoais e profissionais?
  5. Algumas vezes, acho que tenho um senso superdesenvolvido de responsabilidade, o que faz com que me preocupe mais com os outros do que comigo mesmo?
  6. Acho difícil observar minhas fraquezas e responsabilidades?
  7. Tenho sentimentos de culpa quando fico de pé por mim mesmo em vez de me apoiar nos outros?
  8. Sou viciado em excitação?
  9. Confundo amor com piedade e tenho tendência a amar pessoas de quem possa ter pena e a quem possa salvar?
  10. Acho difícil sentir ou expressar sentimentos, inclusive sentimentos como alegria ou felicidade?
  11. Sou muito crítico comigo mesmo?
  12. Tenho baixa autoestima?
  13. Geralmente, me sinto abandonado durante meus relacionamentos?
  14. Tenho tendência a reagir, em vez de agir?


OS DOZE PASSOS DOS A.A.

  1. Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
  2. Acreditamos que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.
  3. Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.
  4. Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
  5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
  6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
  7. Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
  8. Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
  9. Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.
  10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
  11. Procuramos, pela prece e a meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade.
  12. Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.


Do livro: Codependência Nunca Mais, Pare de Controlar os Outros e Cuide de Você Mesmo, [recurso eletrônico] Melody Beattie, 5ª Edição, Viva Livros, 2017

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